Vocês conhecem alguém que está sempre sorrindo, que jamais tenham manifestado qualquer resquício de mau-humor e que esteja com um sorriso no rosto e uma palavra de incentivo na ponta da língua 100% do tempo? Alguns talvez demorem segundos, outros minutos para dizer: sim conheço! Aqui em Brasília tive a bênção de encontrar duas pessoas assim. Tristes aqueles que responderam não.
O Junichi é um dos fotógrafos aqui do Supremo. Lembro até hoje o primeiro dia que o vi. Na redação lotada, clima tenso de fechamento de jornal, entra aquele senhor de meia idade e tudo se transforma. Os olhos, pequenos pela descendência japonesa, eram dois riscos na face transformada pelo sorriso largo. A câmera pendurada no pescoço acusou a profissão. Para não atrapalhar, rapidamente foi dando um beijinho na testa de cada uma e desejando boa tarde. Fiquei boquiaberta! Beijo na testa é algo tão carinhoso! Lembrei de meus pais, meus avós! Achei aquilo o máximo! E aquele estranho veio em minha direção e sem nunca ter falado comigo ou me visto antes, não me negou o cumprimento afável dedicado aos demais da sala. Daquele dia em diante passei a observar que sempre que o encontrava era o mesmo Junichi carinhoso e extremamente simpático.
Descobri o nome da dona Maria Rita nesta semana, quando entreguei e recebi um caloroso abraço de feliz natal quando saía do restaurante aqui do STF. A hora do almoço deveria ser um momento de relaxamento e descanso mas não é esta a realidade dos jornalistas. Comemos rápido porque sempre temos que voltar urgentemente para a redação, porque estamos estressados e porque simplesmente é muiiiittttoo difícil ficar tranqüilo tendo uma rotina em que o tempo é nosso pior inimigo. Mas o estranho é que, nos dias em que não conseguia recordar o que comia, lembrava de dona Maria Rita. Aquele sorriso ao entregar a ficha para o almoço e aquele “boa tarde” amável eram como um beijo na testa e tinham o poder de amenizar a tensão que carregava. Todos os dias, a mesma coisa; o sorriso largo e a voz doce de quem, se tem problemas, os esconde do mundo. E este mundo é tão carente de pessoas assim! Nem percebemos que a luz dessas pessoas trazem uma magia linda para nossos dias!
O que eu quero para 2008? Mais Junichis e Marias Ritas nas vidas de todos!
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Há 3 meses
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