quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A roda


Muitos dizem que vivemos de forma cíclica. E eu não duvido! Ao contrário, pois sei das idas e vindas, altos e baixos e todos os opostos que ocorrem a qualquer um. Fato é que não me prendo muito em qualificar os momentos e sim, em vivê-los. Mas se deveria ou poderia qualificar os que estou vivendo, diria que são “altos”.
Nunca me considerei infeliz, insatisfeita sim, afinal, faz parte de minha natureza questionadora-de-tudo-a-toda-hora, mas este momento, aqui, agora, Brasília, Rádio Justiça, amigos, colegas-amigos, contratempos e responsabilidades mil, tudo está bem. Eu estou bem.
As dores musculares, fruto de minha hora diária de exercícios físicos, vêm para me lembrar que depois de quase quatro anos, tenho finalmente tempo e dinheiro para freqüentar uma academia. As novas atividades têm me exaurido as forças e juntando com o volume de trabalho, tenho ficado longe do computador. Limito-me a ver e-mails e falar rapidamente com a família no skype. Pronto, está explicado o motivo da falta de textos neste humilde depositário de pensamentos e impressões.

Hoje foi um exemplo de dia perfeito! Acordei por volta das 9h30, arrumei algumas coisas em casa, tomei banho, fui para o computador e... AHA!!! Scrap do Caio (repórter da rádio) me avisando de uma super promoção da TAM, com passagens baratíssimas BSB-POA e vice-versa. Entrei e consegui bilhetes ida e volta por 488 reais! Uma barbada maravilhosa que dividi em seis suaves prestações no cartão de crédito. A compra fez eu esquecer por alguns momentos, meu drama com o bilhete comprado pela BRA e que me fez ficar cinco horas em pé numa fila no guichê da companhia no aeroporto para NÃO ser atendida! Enfim... o que importa é que VOU passar o natal com minha família, vou ver meus amigos e gastei muito menos do que eu esperava para isso. Claro que, sem somar o bilhete já pago pela BRA... ai ai... prefiro não falar mais a respeito.

Bilhete comprado e natal garantido, esperei Aneris, Adriano, Tatiana e Rafael chegarem, reuni cadeiras, panela, carne, arroz, vodka, limão e outras 219 pequenas coisas e desci para irmos ao churrasco na casa da Lea. Nos perdemos no caminho, gastamos cada um uns 50 reais de celular tentando entender como chegar até a bela casa de nossa amiga. Alcançado o destino, vimos que valeu a pena o esforço e o melhor: o caminho era mais fácil do que imáginavos.

O clima agradável predominou o tempo inteiro. Entre pessoas do bem, não poderia ser diferente. Rimos, comemos, bebemos, jogamos truco, teve quem tomou banho de piscina e quem preferiu esperar pela chuva. Pois é, a Operação Verão 2008 não terminou e não me senti à vontade o suficiente para colocar um biquini. Mas quando a chuva chegou, como sempre que posso faço, aproveitei cada gota até que o vento frio me espantou. A Adrielen, mais corajosa e talvez mais amortecida que eu pela cerveja, ficou até depois que eu já estava vestida de Lea.

A casa da Lea é extremamente aconchegante! Aproveitei os momentos e lembrei da minha no Paraná. Minha? É... há anos não é mais, é dos meus pais, mas é engraçado como existe um laço que me prende àquela casa, é estranho como sinto falta de sentar no banquinho da frente e à sombra, tomar chimarrão com duas das criaturas que mais amo neste mundo.

E já que estamos no momento nostalgia...depois que já tínhamos “matado” a picanha que sobrou do almoço, chegou a hora de ir embora.

A ponte J.K é ainda mais linda à noite. Contemplei a cidade que agora me acolhe e percebi que foi uma feliz decisão. Porto Alegre é de fato insubstituível, mas Brasília sem dúvida, é encantadora!

Quando cheguei em casa às 20h30, feliz após um dia de diversão ao lado de novos e velhos amigos (Marlon e Adriano estavam lá), dei-me por satisfeita e grata. Mas como não existe nada que esteja bom que não possa melhorar... havia um SEDEX com um LIVRO para mim!! E o título não poderia ser mais adequado vindo de quem vem: O Inventário das Delicadezas. Mais uma demonstração de que o mundo é povoado de pessoas especiais. Sou abençoada por conhecer várias delas! Tio Magrão, obrigada!

Pode ser que amanhã eu não me sinta feliz como hoje, que o dia não pareça tão bonito ou que o ar não me agrade. Pode ser que angústias e medos tentem me assombrar e roubar minha paz. Pode ser que a roda gire e que os “altos” virem “baixos” mas ainda assim eu vou lembrar de como é estar feliz.

2 comentários:

Anônimo disse...

Uau!
Deus te conserve sempre assim!
Feliz!
Beijos, guria!
E um Natal mais do que maravilhoso.
Ano que vem vai ser um espetáculo, vais ver.
A gente tem que sonhar, né...tenho certeza de que o sonho é mais do que 99 por cento.
Feliz 2008!E muitas histórias prá contar aqui.

Anônimo disse...
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