Tragicomédia

Hoje estava tudo programado mas novamente não foi possível tirar uma pequena soneca, digna dos madrugadores.
Saí de casa às 5h40, cheguei às 12h40, almocei, dei um tempinho e olhei no relógio 13h30.
Beleza, pensei. Poderia dormir tranqüilamente até às 15h. A primeira dormidinha à tarde depois de uma semana conturbada cheia de coisas pra resolver e telefonemas.
Fechei a cortina, deitei, coloquei o tapa-olho e me preparei para sonhar.
Vinte minutos depois começaram as vozes, os gritos:
- A máquina “TARRA” lá no caminhão.
- Pega lá!
- Ta aqui não
- Ta aí sim “diacho”.
- Oxiii
Mais alguns minutos e:
-ZUUUUUUUUUUUUUUUUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
O som ensurdecedor de uma furadeira.
Obras no apartamento que vagou ao LADO do meu quarto.
Resolvi ficar deitada um pouco mais.
Quinze minutos depois levantei. Fui para a cozinha, ajeitei a louça pra lavar depois e 14h40 a barulheira chegava ao fim. Terminava o complô para acabar com qualquer momento de desncanso que eu poderia ter.
Falei uns palavrões para aliviar parcialmente a minha raiva e agora vou no mercado, academia, dar aula, dormir, trabalhar e quem sabe, conseguir uma sonoca na tarde que vem.