domingo, 23 de setembro de 2007

Almoço = café da tarde + janta

Eu já tinha percebido que as pessoas costumam almoçar tarde aqui em Brasília e a experiência deste sábado apenas reforçou o que já sabia e acrescentou detalhes interessantes às minhas impressões prévias.
Para celebrar o aniversário de meus amigos Lu e Neto, a sogra dela, dona Glória, convidou meia centena de pessoas para um almoço no salão do prédio deles. Eu conheço bem os dois e sei que cansados da longa viagem Realeza-Brasília (os coitados passaram 26hs dentro de um ônibus!), iriam querer dormir um pouco mais e além de tudo ambos são enroladíssimos para se arrumar para qualquer coisa (idênticos até nisso! Sim, o casal é perfeito!). Por volta das 11h30 eu já tinha tomado meu chimarrão e estava tentando pela milésima vez modificar algumas coisas deste Blog (é, vocês já perceberam que ele está bem pobrinho... pois vai ficar assim um bom tempo, afinal, não é novidade que sou péssima nessas coisas modernas) quando meus livros chegaram! Na quinta eu havia encomendado uns livros sobre direito constitucional e administrativo e um compêndio de mais de 500 páginas com um-mixto-de-tudo de jornalismo. Não esperava que chegassem tão prontamente, já que a greve dos Correios terminara apenas na sexta oficialmente. Nem preciso de dizer que lá se foi uma hora apenas folhando meus três novos companheiros. Quando me dei conta, já eram 12h40 e então concluí que era hora de finalmente tomar meu banho e me arrumar para encontrar meus amigos e cumprimentá-los antecipadamente por seus novos anos (a Lu é do dia 24 e o Neto do dia 25... sim, até o aniversário é praticamente o mesmo! Os dois são fofíssimos juntos!).
Tomei um banho a jato, coloquei a roupa e saí cherosíssima sob o sol escaldante da seca Brasília (a seca e seus efeitos merecem um texto à parte). Não precisei esperar muito pelo ônibus já que há muitas opções (incrível!) para quem quer seguir pela W3 (o nome da avenida. Ah! Os endereços aqui e avenidas merecem outro texto!).
Escolhi um assento que ficava um pouco mais elevado que os outros e assim poderia desfrutar melhor do escasso ventinho que entrava pela janela. Tudo para borrar o menos possível a discreta maquiagem, afinal, com um calorão de mais de 30 graus, mesmo com esta secura de tempo, não há o que resista!
Olhei no visor do celular: 13h14 PUTZ! Pensei... agora já era! IO povo almoça tarde mas a esta hora já estão todos sentados desfrutando das guloseimas da dona Glória (droga! Perdi...). Ok ok... fico com a sobremesa.
Desci do ônibus às 13h 25 e a passos largos segui pela 504, depois 304 até chegar na 104! Fui direto ao salão de festas onde estava programado o almoço. Ninguém! Opa... algo errado pensei. Resolvi subir até o apartamento para ver o que tinha ocorrido, e enquanto esperava o elevador quem desce?? A Lu e o Neto! Cheios de travessas e sacolas (ufa! Não perdi o almoço!). Os dois me explicaram que a dona Glória, cheia das boas intenções e envolvida com os preparativos do banquete, tinha esquecido de um detalhe... reservar o salão! Vixe, aí danou-se! Pensei.
Rá! Mas como para tudo há uma solução, o salão do bloco ao lado estava livre e fomos para lá. Enquanto eu calculava com meus botões que tinha sido a primeira a chegar, logo percebi que não. Um amigo deles, o Mateus, já estava no
“salão-salvador” e totalmente ambientado, com uma latinha de cerveja na mão.
O local era menor que o outro salão e senti que os anfitriões ficaram um pouco sentidos em não poder receber os convidados no outro que não fora reservado. Eu honestamente gostei muito do menorzinho e inclusive comentei minha impressão com eles dizendo que achava-o mais aconchegante. E, de fato, mais tarde esta característica iria se comprovar.
Assim que chegamos também percebi outra coisa (óooohhh! Acho incrível esta nossa capacidade de perceber várias coisas em um curto espaço de tempo, ainda que elas não exijam o desgaste de nenhum neurônio para isto).
A dona Glória, como mulher moderna que é, sabe delegar tarefas. O que quero dizer com isso é que ela contratou três mulheres (a Neide, a dona Maria e a filha dela) para darem conta do recado de alimentar a meia centena de pessoas que ela tinha convidado. Só não fiquei decepcionada que não era ela que ia cozinhar (a dona Glória cozinha muito bem!) porque eu já havia aprovado os dotes culinários da Neide.
Em seguida as pessoas começaram, finalmente, a chegar. Alguns eu já conhecia (Leo, Flávia, Gabriel, Peixe, Rafael e Paulinho), outros tinha ouvido falar (Ju, Serginho, Mari, André, Bia, Guilherme, Márcio, Jorge, Adriano, Ribondi, João, Patrícia e o namorado dela) e havia os que já tinham ouvido falar em mim (amigos da dona Glória que não lembro o nome e mais uns outros que não se misturaram muito). E assim, o salãozinho pequeno começou a mostrar suas características de aproximar pessoas. Logo logo eu estava conversando numa mesa aqui, outra lá, e depois ainda para se refugiarem do calor teve os que ficaram do lado de fora do “salvador” que com grandes janelas de vidro mantinha todos próximos.
Quando o banquete foi servido (nossa tinha muiiitaaa comida!) já eram quase três da tarde. Antes do bobó de camarão, do vatapá, das saladas maravilhosas e do filé ao molho madeira e champignons, comemos o enroladinho de alface da dona Glória (ah! Este tenho certeza que foi ela que fez!) e torradinhas com molhos deliciosos. Sem contar no vinho excelente, na cervejinha gelada e nos vários tipos de refrigerante para agradar a todos. Ah, e teve a sobremesa! Torta de morango, de amendoim, de chocolate ...Nossa! Alguém já disse que gula é pecado né? A gente devia ter saído dali direto para uma igreja...
Depois da comilança, ficamos na frente do salãozinho. Alguns sentados no piso geladinho outros em cadeiras. Assim, até às 21h! E foi tão bom! Tão divertido! Conheci melhor as pessoas que me tinham sido apresentadas no dia e aumentei os laços com os que já tinha encontrado antes.
Já pensava em voltar para casa, mas a Ju, irmã do Neto, tinha reservado um espaço num bar com tema medieval e aí os heróis da resistência (os poucos 5 ou 6 que sobraram) foram para o bar de nome esquisito: Mitelalter, algo assim.
Lá me apresentaram mais três pessoas: Andréia, Débora e Rafael (viva! Mais amigos!). Bebidas diferentes (tomei um troço azul chamado sangue-de-dragão, eu hein?) comidas nem tanto, apenas os nomes estranhos, pessoas novas, novos amigos. Ufa! Longo e bom dia... mas, já era quase meia noite e eu estava cansada, com sono e imaginando se ia ter que chamar um táxi para voltar para casa. Eis que, a Débora se manifesta a favor de ir embora e eu pergunto:
- Onde você mora??
- Lago Norte.
- (ufa! Pensei!) Eu moro na 716 Norte, pode me dar uma carona?
- Sim, claro. É caminho!
E viva os novos amigos!

2 comentários:

Mauricio Tonetto disse...

saudade dum churrascão gaúcho com ceva e um mate na redença no domingão né???? hehehe.. uéééu.. fica bem, beijos!!

Japachic disse...

Amiga querida, ameeeeeeeeei ser citada em seu blog chiquérrimo e muito bem escrito!!! estou me sentindo lisonjeada pelo carinho que ficou registrado aqui! obrigada mesmo!!! acho que não preciso dizer o quanto eu e o Neto lhe adoramos né?! vc traz luz e boas energias por onde passa amiga...amo saber que tenho vc por perto, meu pedacinho de Realeza aqui "nessa Brasília"!!!! beijos carinhosos.